quarta-feira, julho 07, 2010

Macarrão conchinha com bacon e ervilha

Eu de licença em casa por causa de uma tendinite iniciei os trabalhos da comilança com um macarrão de conchinha (aquele de sopa mesmo) com bacon e ervilha. Fiz uma adaptação com o tal creme bleblublu que ele manda colocar e mandei um creme de leite mesmo. Fiz uns bifes de maminha com pimenta do reino e uns champignons na manteiga pra acompanhar, mas isso foi por minha conta mesmo.
Ficou muito gostoso e eu vi minha avó colocar comida no prato pela terceira vez morrendo de orgulho! Comemos eu (que amei), véia mãe (que amou), vó Luzia (que comeu como há muito tempo não comia), Betânia (que não se empolgou muito por que tá com muito medo de engordar), Fran (que gostou, mas não se empolgou tanto assim) e o Vi que não quis nem experimentar....
Valeu a experiência, e seguindo a regra do livro Revolução na Cozinha do Jamie Oliver, a receita foi devidamente repassada pra mais duas pessoas.

eu e a comida...

Já percebi que sempre que algo me falta - ou sobra - eu desconto na comida. Faço dela uma terapia, muito embora, já tenha ouvido de vários terapeutas que isso não é correto, e os vários quilos a mais que eu acumulei pela vida me provem que realmente não é o melhor a se fazer...
Eu só não consigo imaginar nada diferente pra me fazer feliz em momentos de tensão. Tipo, vou dar uma corrida ou comer palitos de cenoura...?? ah, não. Sem condições...
Então, eu, Magali que sou descobri que além de comer, adoro cozinhar. Acho ótimo limpar um bom pedaço de carne, cortar mil cebolas, inventar molhos, temperos, saladas. E invariavelmente eu amo o que eu cozinho! Acho que fica sempre perfeito - pro meu paladar doido.
Eu também amo e preciso de amigos e família ao meu redor. Gosto de fazer com que eles se empanturrem com a minha comida! Eles nem sempre amam - assim como eu - a comida que eu faço, mas eu continuo tentando agradar, o que é fantástico pra mim e, imagino, nenhum esforço assim tão absurdo pra eles.
Outra coisa pela qual eu sou apaixonada é ver programas de culinária. Qualquer um deles. Dos mais sofisticados aos mais simples, eu adoro ver comida sendo preparada! Mas de todos, existem dois que assisto com especial carinho. Um é o da Nigella, por que ela se parece muito comigo. Ela gosta de comer o que cozinha. E cozinha pra comer pelo prazer, primordialmente. Depois pra se alimentar. Ela come com a boca boa. Me faz ter vontade de comer o que ela cozinha. O outro é o Jamie Oliver. Mas esse aí já é um caso de amor eterno. Ele é lindo e cozinha com uma facilidade incrível. Parece que ele vai fazer a maior bagunça e o prato vai desandar todo e no final das contas, Voilá! Um prato lindo, saboroso... quase dá pra sentir o cheiro pela televisão.
Enfim, juntando todas essas coisas - a paixão pela comida, a vontade de cozinhar pros outros e a minha admiração pelas duas figuras aí, resolvi comprar uns livros com as receitas deles e a idéia é fazer, tudo que der, das receitas que estão ali.
Comprei post-its pra marcar as páginas das receitas feitas, e pretendo fazer um pequeno registro, nada muito oficial, a princípio, das experiências que eu tiver.
E bom apetite e boa sorte pra quem for embarcar comigo nessa bagaça!

domingo, abril 25, 2010

paixão

E eu cheguei à conclusão que a paixão é a culpada de minhas atitudes impensadas.
Mas a paixão é buscada por mim incessantemente. Eu não admito ficar numa situação em que eu não esteja apaixonada por que isso me interrompe.
Eu não sou sem ser apaixonada. Eu não tenho a cenoura pendurada na frente do burro. Eu não sei seguir em frente.
 A época mais triste da minha vida foi quando eu não estava apaixonada por ninguém... numa música bonita eu não pensava em ninguém... filme de chorar, ninguém...
E eu cheguei à conclusão de que a minha vida esteve parada durante esse tempo. Eu preciso da cenoura na frente do burro... mesmo que ela não seja de toda boa.
Consegui criar táticas pra me proteger das coisas ruins que a paixão me proporciona, e tenho me saído bem...
Se está certo e errado, eu não sei dizer. Mas tenho estado feliz. Não tenho me sentido vazia. E isso tem sido bom.
Whatever, então!!!!

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Noite vermelha (01/08/2007)

Foi essa noite que você esteve aqui.
Disso eu tenho certeza. O que eu ainda não consigo distinguir bem é se, na hora que você esteve presente, eu estava dormindo ou acordada.
Foi o cheiro da sua pele que eu senti. Disso eu tenho certeza. Foi o seu braço que me abraçou. Foi a sua mão que me apertou. Definitivamente foi.
O gosto era o da sua boca. O som era o da sua voz. Eu sei. Eu sei também que não me espantei com a sua chegada, como se ela fosse esperada, por alguma razão. Talvez por que a sua presença em meu pensamento tenha se tornado tão constante. De alguma forma eu sabia que você viria. E sabia que seria tudo como eu queria. E como eu queria era exatamente como você queria e por isso foi perfeito. Foi completo. Pleno.
Nada sobrou e nem faltou. Dessa vez, nessa noite nada e nem ninguém nos interrompeu. Tivemos o tempo que desejamos. E foi bom por que a gente se bastou. Nossas presenças se completaram.
Eu sei que você esteve ali. Bem ali, comigo. Na minha cama. Não sei ainda se foi um sonho de quando eu dormia ou se foi o sonho de quando eu ainda estava pensando nas coisas que eu quero. E eu quero igual o que aconteceu nesse sonho. Igual a essa noite. Noite que embora fria, deu calor. Quente meio vermelho! Vermelho de uma paixão que talvez eu tenha criado, talvez tenha sonhado e bem provavelmente tenha querido.
Você esteve aqui essa noite e bem podia voltar mais uma vez. Ou duas... ou três... ou dez ou mil. E podia vir de verdade e pintar mais uma vez, de vermelho, a minha noite.