terça-feira, fevereiro 27, 2007

manifesto do prazer

EU ACREDITO NO PRAZER ETERNO.

Eu não acredito no amor eterno. O amor, esse do qual se fala por aí, é volátil. A gente ama quem nos dá prazer de alguma forma. E não tem nada demais em amar. Me ensinam a cada dia que eu devo ter medo de amar. Que quando a gente ama a gente se entrega e que é pra sempre.
Grande besteira! Eu não sou pra sempre, nem você, nem ninguém.
Sensação é tudo! Sentir é o verbo que rege o universo!
Cada guerra e cada paz que já houve nesse planeta foi de alguma forma motivada por sentimentos.
Eu posso, se eu quiser, amar uma pessoa que me dá prazer hoje, por todo o sempre que durar o prazer que ela me proporciona.
Eu sinto prazer em tanta coisa. Eu amo infinitamente tanta coisa, tantas pessoas enquanto elas me dão prazer.
Eu também acho que o amor – ou o prazer, ou seja lá do que você quer chamar isso que eu sinto – pode sim ser dividido, desde que seja recíproco.
Hoje eu amo uma pessoa. Amanhã posso amar outra, que não o meu filho – que é alguém que me dá um prazer pleno e diário por todos os dias de minha vida – mas uma outra pessoa qualquer que me encha de um prazer momentâneo e sem a menor expectativa de futuro ou de eternidade, o que me dá ainda mais prazer.
Eu gosto de amar assim, sem preocupar, sem pensar no que vem depois.
Eu gosto de ganhar de presente um gozo profundo e que não me pede outra coisa em troca senão o mesmo presente de volta.
Eu amo isso tudo. E eu odeio que me censurem, por que a única coisa que eu busco é um puro e inofensivo prazer. Ninguém pode exigir que eu não sinta. Eu não vou parar de sentir nem que ninguém queira por que eu tenho imaginação e rebeldia suficiente para isso.
E, agora faz o favor, sai da minha cabeça que eu quero dormir sem sonhar.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Pra você que ajudou a fazer o meu carnaval diferente.

Esse meu carnaval foi diferente. Não teve uma viagem (embora o valor gasto no carnaval inteiro pagasse por uma). Não teve destruição. Não teve samba. Sem cabrochas, pierrôs e colombinas.
O som que ficou desse carnaval não foi o das marchinhas de “mamãe eu quero” e nem de samba enredos das escolas de samba da televisão (mas viva a Mocidade Alegre, poderíamos até mesmo buzinar!!!). O som que ficou desse carnaval foi o de gargalhadas. De muitas delas, das mais variadas. Umas mais contidas, outras soltas e despreocupadas. Teve um som de rock n´roll dos bons..., mas o som que ficou mesmo foi o das gargalhadas.
A companhia do meu carnaval não foi a de foliões animados que pulavam ao som do trio elétrico (ou das gargalhadas), e suavam em bicas. A principal companhia do meu carnaval, também não foi os filmes (embora eu tenha me provido de um estoque considerável deles, sem contar com o cinema). Mas a principal companhia do meu carnaval foi a sua presença e a sua ausência. Mais a presença que a ausência – sorte minha!
O cheiro do meu carnaval não foi do perfume que “lançam” por aí. Não foi um cheiro de cachaça (nem de chuva, suor e cerveja). O cheiro do meu carnaval vem de dentro de uma caixinha de cookies e do seu braço. Esse foi o que ficou!
A sensação do meu carnaval não foi a de ressaca... não. Embora pela manhã eu tivesse um sono que nunca acabava, e isso acontecia também dentro do cinema – nunca dormi tão profundamente em uma sala de cinema na minha vida como eu fiz nesse carnaval!!! Mas de uma forma geral, a sensação do meu carnaval foi de uma coisa normal, contínua. Uma sensação simples, linear. Uma sensação de coisa que flui sozinha... Sensação de um manto... Uma sensação boa. Definitivamente boa
Talvez por que você se fez tão presente, e uma companhia tão absurdamente agradável que eu tenha pensado tanto em você no meu carnaval. Talvez por isso eu tenha escrito pra você saber. Pra você saber.
Eu quero mesmo que tenha sido uma troca. Que tudo isso que eu recebi tenha de alguma forma voltado pra você, mas mesmo assim vou ainda agradecer por ter sido tão massa!!
Thanx!