domingo, janeiro 21, 2007

verbos

Olhar. Sorriso. Mão. Beijo. Abraço. Sofá. Tv. Cafuné. Braços. Carinhos. Cheiro. Beijo. Beijo. Tv. Conversa. Piada. Estórias. Atenção. Beijo. Cozinha. Coca-cola. Conversa. Tv. Risos. Risos. Beijos. Beijos. Calor. Ventilador. Beijos. Carinhos. Luz. Beijos. Carinho. Calor. Bom. Quente. Orelha. Beijos. Carinhos. Pé. Carinhos. Braço. Quente. Quente. Beijos. Cabelo. Beijos. Cheiro. Cheiro. Pescoço. Dente. Cheiro. Beijo. Carinho. Olho. Sorriso. Carinho. Risos. Barulhos. Silêncios. Quente. Beijos. Amor. Igual. Igual. Beijo. Beijo. Bom. Amor. Cabeça. Coração. Amor. Bom. Beijo. Carinho. Cafuné. Quente. Pesado. Bom. Beijo. Carinho. Sono. Cafuné. Encaixe. Braço. Travesseiro. Bom. Beijo. Sono. Sonho. Mão. Cabelo. Cafuné. Carinho. Carinho. Olhos. Olhos. Carinho. Quente. Ventilador. Sono. Sono. Sono. Despertador. Beijo. Sono. Olhos. Beijo. Roupas. Chaves. Porta. Portão. Carro. Farol. Escada. Banho. Cama. Caderno. Caneta. Travesseiro. Telefone. Sono. Amanhã.

terça-feira, janeiro 16, 2007

igual

Todo dia era sempre a mesma coisa. Aquela rotina batida, vida automática. O que mais a angustiava nem era a rotina em si, mas a falta de perspectiva de mudança. O medo de nunca, nada se tornar diferente. Mas acontece, que ela também tinha medo de mudar. Ela tinha tanto medo de mudança que ela comprava sempre o mesmo xampu, o mesmo creme, o mesmo perfume, as mesmas calcinhas na mesma loja. Quando ia para o seu trabalho entrava todo dia no mesmo vagão do metrô. Encontrava lá as mesmas pessoas, o que a fazia crer que não era só ela que fazia as coisas do mesmo jeito sempre. O mesmo café da manhã, o mesmo almoço, as mesmas piadas, as mesmas conversas. O mesmo trabalho, discussões e brigas. A volta pra casa igual. O banho igual e o sono igual. Ela chegou a sonhar igual. Tudo igual.
Mas aí, tudo mudou.

sábado, janeiro 06, 2007

brinde

Hoje, meus amigos, eu quero propor um brinde às coisas simples!
Um brinde a um dia tranqüilo, a uma comida gostosa, a uma música que a gente não escuta há muito tempo.
Queria brindar às crianças brincando até ficarem parecendo uns porquinhos felizes com as bochechas rosadas e as bocas lambuzadas de chocolate.
Um brinde à uma cerveja bem gelada – brindemos com ela!
A um cafuné espontâneo, a um coração que dispara e dá frio na barriga.
Vamos brindar aos bolos de chocolate e a um ou dois dias de saudade, não mais do que isso.
Um brinde ao momento em que se mata a saudade e que se faz as pazes.
Um brinde a um beijo na boca bem dado, a uma noite bem dormida e a um sonho bom.