Queria saber a direção que eu estou indo a cada passo que eu dou na minha vida. O que será de mim no futuro? Qual vai ser a minha situação daqui a dois, cinco, dez, vinte anos? Eu vou ser feliz?
Por que ultimamente eu tenho entrado numas de não me preocupar com o futuro e viver intensamente o presente – o que eu acredito ser uma excelente idéia – mas será que minha vida vai conseguir se encaminhar para um futuro razoável?
É que eu fico com medo de estar deixando tudo correr muito solto. Não me preocupo com meu crescimento profissional. “Quero ser analista sênior” é o que todos ouvem de mim enquanto eu vejo meus amigos se formarem e estudarem para concursos melhores. Mas eu não quero ser nada além de uma bancária que talvez, num futuro próximo, tenha tempo e oportunidade de estudar física só pra adquirir conhecimento e talvez cantar e escrever um pouco. Isso parece tão pleno pra mim, mas todas as outras pessoas dizem ser pouco. Que eu devia buscar mais. Será que só eu estou certa?
Tento criar meu filho como se ele fosse um amigo pequeno que precisa de um pouco mais de cuidado que os outros. Tento conversar com ele da forma como eu converso com os meus amigos por que meu maior desejo é que no futuro ele seja meu amigo. Mas eu tenho medo que ele sinta falta de uma mãe. Eu não sei ser mãe. Ainda não consegui aprender e admito ser isso uma fraqueza grande. Mas confesso que me acomodei por que minha mãe e irmãs fazem para o Vi o papel de mãe que eu não consigo fazer. No futuro ele vai me cobrar isso? Cobrar por não ter tido mãe nem pai?
E tenho medo também de acabar a minha vida sozinha. Sem encontrar um “sapato velho pro meu pé cansado”. Sei que ainda sou muito nova e tenho muito tempo até que comece o fim da minha vida, mas com esse medo de comprometimento que eu tenho as vezes eu acho que vai ser sim, sozinha o meu fim.
Preciso me convencer a começar a pensar um pouco no futuro. Há de ser possível fazer isso sem deixar de viver intensamente o presente. Vou tentar. Tentar pensar em 6 meses pra frente, acho que é um bom começo! Tentar parar de fazer planos subjetivos e começar a me programar mais. Mas acontece que é tão difícil encarar esse medo. Estamos falando do futuro. Aquele que só a Deus pertence. Que medo! Por que eu não fico logo quietinha aqui no meu presente? Droga, comecei de novo...
sexta-feira, março 09, 2007
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