Mas chega a ser difícil descrever o que eu sinto. Pode não ser fácil entender, mas o sentimento que mais me tira do sério é a frustração; E nenhum outro sentimento me representa melhor hoje .
Quando eu me proponho a fazer uma greve pra buscar um aumento razoável de salário, correndo o risco de me queimar no setor, de ter que pagar a greve com horas extras (sem contar o tanto que se gasta e engorda numa greve) eu quero voltar ao trabalho vitoriosa. Tá, que quase nunca a gente tem o aumento que queria, mas eles calam a nossa boca com besteirinhas como abonos salariais, um reajustezinho nos vales-refeição, uns diaszinhos de abono, 13º cesta alimentação... mas a gente ficar com todo o ônus e sair com um reajuste de 3,5% (menos de 1% real - tem 2,85% de inflação no ano) é no mínimo frustrante.
Eu vou voltar pro meu setor com a maior cara de tacho que ja houve, e vou falar pra minha chefe "eu tava faltando pra que nós pudessemos ter um aumento" e ela vai pensar "vc faltou 13 dias, deixou um monte de trabalho acumulado pra me voltar com 3,5% de aumento?? tenha paciência! pensei que vc era melhor!"
De novo eu termino a greve pensando "Maldita campanha unificada dos bancos!" e "eu vou deixar de ser sindicalizada, sindicatozinho de merda, vendido, bando de pelegos!"
Mais uma vez, questiono se meus planos de aposentar pelo banco não é uma ilusão idiota.
Cada vez mais me sinto incapaz de vestir a camisa.
Vamos estudar, meu povo! É a única solução.
quarta-feira, outubro 11, 2006
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1 comentário:
Xuxu,
Realmente estudar é a melhor alternativa. Pelo menos aproveitamos indiretamente a greve.
Beijo.
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