quinta-feira, maio 11, 2006

suspiro

Acabei de comer o melhor suspiro do mundo. Pode ser por que eu estou tentando – de novo – fazer dieta, mas foi, assim, como um néctar dos deuses. Sabe assim, aquele suspiro que tem uma casquinha fina e bem douradinha que quebra só com a intenção de seu dente morder? Então, era assim. E ele quebrava todo mesmo. Era até difícil de segurar. Chegou a cair um pedacinho no chão. Mas aí, depois da casca, ele era desses suspiros que ficam com um cremezinho dentro. Mas não era bem um merengue daqueles que a gente mastiga e fica meio puxando, meio chiclete, não. Era um creme mesmo. Por incrível que pareça não estava muito doce – o que é uma condição primordial para que eu goste de um doce – e no finalzinho vinha um gostinho de limão. Tenho que admitir que não consegui comer um só. Comi dois! E o segundo estava igualmente perfeito. Um suspiro que merece um suspiro. Que suspiro! Um suspiro de Vó. Da minha Vó. E foi bem ela mesma que fez, quando veio aqui em casa hoje pela manhã enquanto eu estava muito ocupada trabalhando e me estressando e não pude abraçar e beijar e cheirar o cangote dela e dizer que ela é uma vovozinha amada e que faz o melhor suspiro do mundo!

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